A fome é relativa, assim disse o JLO!
- mboona
- 23 de dez. de 2021
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Atualizado: 10 de jan. de 2022
Presidente criticado por relativizar a fome no país.

O Presidente angolano João Lourenço esta a ser criticado por “relativizar a fome”, no país, depois de ter discursado, num acto político de massas que visou saudar o encerramento do oitavo Congresso e o aniversário do seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
"A fome é sempre relativa", contrapôs João Lourenço, realçando que o país já tem muita produção de bens alimentares.
As reacções a estes pronunciamentos não se fizeram esperar, o Pe. Celestino Epalanga, Secretario da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), considerou o discurso infeliz, e de uma falta de respeito às vidas interrompidas por falta de alimentos, fundamentalmente na região sul de Angola, onde são visíveis as consequências da seca e fome.
“O presidente da república revelou uma grande insensibilidade, revelou um grande cinismo, milhares e milhares de angolanos estão a passar fome e não é preciso sair da capital, Luanda”, acrescentou o sacerdote.
Nos últimos tempos várias organizações da sociedade civil angolana têm apelado ao Presidente João Lourenço que decrete o estado de emergência, na região sul de Angola.
Os relatos das organizações da sociedade civil pintam um cenário dramático nas regiões centro e sul do país.
“Frutos silvestres e raízes de árvores têm sido o sustento de milhares de pessoas devido à falta de alimentos, após um longo período de seca”.
O psicólogo Edmundo Francisco disse que a polémica expressão do presidente pode desmotivar uma abordagem mais seria da fome por parte dos órgãos do executivo angolano.




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